terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Carnaval, Cinzas e Quaresma

Olhando para o calendário, rapidamente se percebe que é a Páscoa quem rege o Carnaval: a Páscoa é celebrada no primeiro Domingo da lua cheia após o Equinócio da Primavera, no hemisfério Norte. O Carnaval acontece entre 3 de Fevereiro e 9 de Março, sempre 47 dias antes da Páscoa, ou seja, após o sétimo Domingo que antecede o Domingo de Páscoa.

Carnaval

O Carnaval é uma festividade popular colectiva, cíclica e agrária. Teve como verdadeiros iniciadores os povos que habitavam as margens do rio Nilo, no ano 4000 a.C., e uma segunda origem, por assim dizer, nas festas pagãs greco-romanas que celebravam as colheitas, entre o séc. VII a.C. e VI d.C.

A Igreja viria a alterar e adaptar práticas pré-cristãs, relacionando o período carnavalesco com a Quaresma. Uma prática penitencial preparatória à Páscoa, com jejum começou a definir-se a partir de meados do século II; por volta do século IV, o período quaresmal caracterizava-se como tempo de penitência e renovação interior para toda a Igreja, inclusive por meio do jejum e da abstinência

Tertuliano, São Cipriano, São Clemente de Alexandria e o Papa Inocêncio II foram grandes inimigos do Carnaval, mas, no ano 590, a Igreja Católica permite que se realizem os festejos do Carnaval, que consistiam em desfiles e espectáculos de carácter cómico.

No séc. XV, o Papa Paulo II contribuiu para a evolução do Carnaval, imprimindo uma mudança estética ao introduzir o baile de máscaras, quando permitiu que, em frente ao seu palácio, se realizasse o Carnaval romano, com corridas de cavalos, carros alegóricos, corridas de corcundas, lançamento de ovos, água e farinha e outras manifestações populares.

Sobre a origem da palavra Carnaval não há unanimidade entre os estudiosos, mas as hipóteses “carne vale” (adeus carne!) ou de “carne levamen” (supressão da carne) levam-nos, indubitavelmente, para o início do período da Quaresma. A própria designação de Entrudo, ainda muito utilizada entre nós, vem do latim “introitus” e apresenta o significado de dar entrada, começo, em relação a esse tempo litúrgico.


Cinzas

No dia seguinte, a cinza recorda o que fica da queima ou da corrupção das coisas e das pessoas. Este rito é um dos mais representativos dos sinais e gestos simbólicos do caminho quaresmal.

Nos primeiros séculos, apenas cumprem este rito da imposição da cinza os grupos de penitentes ou pecadores que querem receber a reconciliação no final da Quaresma, na Quinta-feira Santa, às portas da Páscoa. Vestem hábito penitencial, impõem cinza na sua própria cabeça, e desta forma apresentam-se diante da comunidade, expressando a sua vontade de conversão.

A partir do século XI, quando desaparece o grupo de penitentes como instituição, o Papa Urbano II estendeu este rito a todos os cristãos no princípio da Quaresma. As cinzas, símbolo da morte e do nada da criatura em relação a seu Criador, obtêm-se por meio da queima dos ramos de palmeiras e de oliveiras abençoados no ano anterior, na celebração do Domingo de Ramos.


Quaresma

O termo Quaresma deriva do latim "quadragesima dies", ou seja, quadragésimo dia. É o período do ano litúrgico que dura 40 dias: começa na quarta-feira de cinzas e termina na missa "in Coena Domini" (Quinta-Feira Santa), sem inclui-la.

O sexto Domingo, que dá início à Semana Santa, é chamado "Domingo de Ramos", "de passione Domini". Desse modo, reduzindo o tempo "de passione" aos quatro dias que precedem a Páscoa, a Semana Ssanta conclui a Quaresma e tem como finalidade a veneração da Paixão de Cristo a partir da sua entrada messiânica em Jerusalém.

Uma prática penitencial preparatória para a Páscoa, com jejum, começou a surgir a partir de meados do século II; outras referências a um tempo pré-pascal aparecem no Oriente, no início do século IV, e no Ocidente no final do mesmo século.

Nos primeiros tempos da Igreja, durante esse período, estavam na fase final da sua preparação os catecúmenos que, durante a vigília pascal, haveriam de receber o Baptismo.

Por volta do século IV, o período quaresmal caracterizava-se como tempo de penitência e renovação interior para toda a Igreja, inclusive por meio do jejum e da abstinência, marcas que ainda hoje se mantêm.

Na Liturgia, este tempo é marcado por paramentos e vestes roxas, pela omissão do "Glória" e do "Aleluia" na celebração da Missa.


in Agência Ecclesia

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Dispensamos a Cruz?


A cruz é o sinal, por excelência, do cristão, "símbolo" da entrega de Cristo por todas as falhas da Humanidade, ponto de partida de toda a missão da Igreja (sacramental e institucional). Devido a esta importância que ela tem para nós deve estar sempre presente quer na nossa vida.

A questão que aqui coloco tem o seguinte pano de fundo:
Todos os nossos quartos têm uma cruz. Não é artisticamente bela, mas também não é feia. É uma cruz normalíssima. Acontece que já houve gente que teve a tentação de a retirar com a justificação que era feia (toda a cruz é feia "entenda-se"). Por uma cruz nova e mais bela era aquilo que mais se esperava... Contudo não aconteceu assim! Foi substituída por outro objecto, hierarquicamente mais belo...

Algumas questões:
Devemos retirar as nossas cruzes com a justificação de uma beleza que não têm (entendida à luz do pensamento humano) e pôr, no seu lugar outro objecto (quadros, posters, etc)?
Será que tudo aquilo que ela representa não será maior do que qualquer conceito de beleza?
Será que Cristo pode ser substituído pelo seu Vigário, santo, ou outra pintura?


Neste tempo da Quaresma que se apróxima tenhamos a capacidade de assumir que a Cruz é um bem mas que não pode ser substituída por outra coisa, mesmo que seja por uma representação , artisticamente bela, do mais santo dos Papas ou dos santos!

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Um postal


Louvando a Criação aprende-se a viver!
Um postal para viver e recordar..

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Re-Começar

Um semestre acaba de começar...
Mãos à obra! É o último... 

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Preocupações...

Não quero nestas linhas defender o uso ou não da veste eclesiástica.

Respeito quem usa e quem não usa. Trato de igual modo as duas posições. Acho que não há mal nenhum em usar. Não me incomoda quem não o usa. Não é o usar ou não que faz do padre, do bispo, ou de quem quer que seja, mais santo ou menos santo. A santidade não se identifica com isso...

Agora preocupam-me várias situações, que identifico como uma falta de respeito para com o "traje oficial da Igreja"!

Não é mau usar antes do tempo devido?
Não é mau usar hoje e amanhã arrumá-lo numa gaveta?
Não é mau fazer do traje eclesiástico um traje de gala?

Isto sim... Preocupa-me...